sábado, 29 de maio de 2010

Indomilhões

Pois é mal vi a notícia do puto de 18 meses que fuma 40 cigarros por dia, pus logo o meu filho a fumar ai uns 60 pois estou mesmo a precisar de uma casa.

Verdade seja dita, se ao pai do puto lhe ofereceram um carro pa não dar os 40 cigarros ao puto, 60 cigarros não é muito por uma casa.

E para aqueles que pensarem que eu sou um pai desnaturado, fiquem a saber que não dou qualquer cigarro ao meu filho. Dou-lhe Português Suave para não irritar tanto a garganta.

p.s.: A casa não precisa de ter piscina. Trato disso quando nascer o meu próximo filho.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Exigências de Super-Homem...

No dia em que o Super-Homem foi apresentar a namorada (Lois Lane) à sua tia-avó, ela oferece-lhes chá:

Tia-avó: Querem chá frio ou quente?
Lois Lane: O meu pode ser frio, o do Clark Kent.

Politiquices...

Sempre que vejo o canal da assembleia da républica fico a pensar na revolta do presidente da assembleia, pois é o único que está lá que não pode negar as suas funções, isto porque sempre que se senta no seu lugar tem uma tabuleta a frente que diz:

(O) Jaime Gama

quinta-feira, 27 de maio de 2010

É vero!

Lawyers are liars.

Astronautismo

Um astronauta, à partida para Marte e sabendo que poderia não voltar, disse à sua namorada:

Astronauta: "Vou amar-te para sempre!"

A namorada, pensando que ele ia ficar em Marte para sempre, arranjou outro.

True story.

Ai economia, economia...

Cheira-me que, com o preço a que andam os combustíveis, vamos ficar com o depósito a prazo...

Contos do Vigário 17

 Vida

Não tinha passado muito tempo. Não tinha ainda passado, pelo menos, o tempo suficiente. Lá em casa o luto andava ainda encostado às paredes. Ainda a Avó chorava, ainda a roupa cheirava a mágoa. Ainda tinha bem na memória o cheiro da capela e das lágrimas dos familiares. Ainda podia sentir as mãos frias que o irmão tinha quando lhe fecharam o caixão.
      Era tudo demasiado recente. Ainda toda a gente queria vingança, ainda toda a gente tinha a dor a transbordar pelos olhos. Mas a preocupação dela era outra. Era tudo tão recente e já achava que as fotografias não eram as do irmão. Ainda se lembrava de como tinha recebido a notícia, ainda se lembrava dos olhos vazios do Pai, mas já não se lembrava do tom de pele do irmão. E só se tem um irmão mais velho. Tenha-se os que se tiver, eles são todos um: o irmão mais velho. E ela tinha perdido o dela.
      Sabia que os olhos dele eram de um tom de castanho claro, emoldurados por umas enormes pestanas negras. Mas já não se lembrava do sabor dos seus beijos quando ele os dava à hora de deitar. Sabia que o seu cabelo era liso de um tom mel, e que de tão crespado ficava sempre espetado. Sabia que tinha dois remoinhos que lhe davam dores de cabeça e que nem o gel domava. Já não se lembrava que o irmão tinha uma só covinha na bochecha (na direita) quando se ria. E era tudo tão recente...
      Ela queria esquecer-se do negro que a tinham obrigado a vestir, queria esquecer-se dos abraços que lhe deram no dia em que teve de se despedir do irmão. Queria esquecer-se que disse adeus ao irmão porque o Padre lhe disse que assim tinha que ser.
      Tinha medo de se esquecer das mãos morenas, aquelas que tocavam guitarra.
      Já  nada lhe parecia ser do seu irmão mais velho. Nem as fotografias que continuavam nos mesmo sítios de sempre.
      Quis que o seu irmão tivesse uma imagem que fosse só dela, que ela nunca esquecesse. Queria que ele vivesse sempre dentro de si e para si. Pegou numa tesoura e recortou as fotografias, de modo a que ficassem os olhos separados da boca, do nariz e das orelhas. Olhou para o que tinha feito e viu que aqueles olhos não eram só os do irmão, eram também do pivot do telejornal. Pegou na tesoura e numa revista e recortou os olhos a todas as caras que havia. Ficou só com os castanhos. Fez o mesmo com as bocas, com os sorrisos, com os narizes.  Ficou com tudo aquilo que a fez lembrar o irmão.
      Assim, o seu irmão mais velho foi médico prestigiado, foi político, foi atleta olímpico, modelo, piloto de automóveis. Correu mundo, concretizou sonhos, fez vida e ajudou gente. O seu irmão viveu e nunca teve de lhe dizer adeus.

Kiara Minerva

Ai os canitos...

Cão que ri muito: cãotente!

Constatou-se

Os pedófilos são gente mesmo burra e lerda. Estão sempre a pedir para "trocar por miúdos".

segunda-feira, 24 de maio de 2010

What if

E se as formigas andassem "oh pa trás"?

Seriam caranguejos?

sábado, 22 de maio de 2010

Dilema para o fim de semana 8

Quem é o mais recente autor a juntar-se ao Thebigshowchinca?

Desta não estavam à espera!!!

Não sei o que é conhecer-me. Não vejo para dentro.
Não acredito que eu exista por detrás de mim.

Nasci em Lisboa, mas passei maior parte da minha vida no campo.
Não tenho qualquer profissão, nem muita instrução e perdi os meus pais bastante cedo. Vivia com a minha tia avó, até que surgiu um inesperado convite ao qual me fez pensar. Posso -vos dizer que há metafísica bastante em não pensar em nada. O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso. Neste momento posso-vos dizer que é com enorme honra e satisfação que aceitei este convite sem grande pensar pois pensar é estar doente dos olhos e como todos sabem morrerei de tuberculose, nunca de cegueira.
Aos nossos digníssimos Álvaro de Campos e Ricardo Reis expresso o meu obrigado por me
convidarem a pertencer a esta família que é de todos nós: THEBIGSHOWCHINCA.BLOGSPOT.COM


Alberto Caeiro

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Alma do negócio

O segredo publicitário do sardinha é mandar o staff pelos cafés.

Os homens bem vestidos e mulheres bem despidas.

Securitas

Os seguranças não gostam de dar nas vistas.

Preferem dar porrada no corpo para não se notarem tanto as marcas.

McDonalds

Os padres apoiam o Happy Meal.

Organização portuguesa

A única coisa em que os portugueses são organizados é no crime.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tourada

Forcado: "Eh touro lindo!!"
Touro: "Tás a falar a sério??"
Forcado: "Não, tou só a pegar contigo."

(Des)Governo

Se o sócrates fosse uma fruta, seria um Kiwi.


Tudo em que ele toca dá merda.

Sala de partos

Uma criança estava com dificuldades em nascer. Mas graças à perícia do médico responsável, tudo correu bem.

Quando a criança lança o primeiro choro, o médico exclama:

"Sou o maior, parto tudo!"

Humoristas

Numa qualquer limusina:

"Ambrósio apetecia-me Aldo!"
"Tomei a liberdade de pensar em Lima."

Contos do Vigário 16


Almas
Penadas e desencontradas? Não, essas são as paixões
Teimosas e vincadas? Não, essas são as personalidades
Com fé e esperança? Não, essas são as pessoas
Espelhos e palpáveis? Não, essas são as crenças
Almas?

Kiara Minerva

Fotos: Kiara e Bernardo Caria

Descobertas científicas de Enterro

Ao ver no meu casaco de curso "Engenharia Biológica", um sóbrio sapiente perguntou:

"Engenharia Biológica?? O que vais fazer?? Construir paredes de alface??"

Obrigado nobre conhecedor das saídas profissionais de todos os cursos de todas as universidades do mundo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Quem não sabe é como quem não vê

Numa escola primária para ceguinhos, um miúdo caiu e magoou.se. Ao vê-lo a chorar a empregada disse:


"Pronto, pronto. Já passou, ninguém viu!"

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Musicalidades...

Meus caros, o blog iniciou na passada terça feira, uma nova variante de cultura, mais concretamente uma tuna. Denomina-se de TUNAmechateies, e já deu, inclusive um show individual e outra em conjunto com outra tuna... Foi um verdadeiro regalo para os olhos de quem viu, mas um verdadeiro terror para quem ouviu...

P.S. Ó Álvaro de Campos, tu a tocar aquela "flautinha" foi do melhor que vi nos últimos tempos

terça-feira, 4 de maio de 2010

Molde t-shirts do blogue

Poligreja

Os padres não querem nada com a política e tudo fazem para com ela não interferirem.

dão o cálice a tomar à malta que ainda não se pode recensear.

Le galo desportivo

Jogo muito bem ténis quando estou a tentar jogar ping-pong.

Aquela regra estúpida da bola ter que bater na mesa...

Produtos perigosos

Tenham cuidado com produtos aparentemente inofensivos.

Como por exemplo o Clearasil, é que, segundo me chegou aos ouvidos, aquilo não brinca em serviço e limpa-nos o sebo cá com uma pinta.

Greekonomy

Ao que parece anda gente a ver-se grega com a crise.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Adivinhem lá isto...

Qual é a cidade portuguesa que em tempos se chamava Porcalhota?

Contos do Vigário (Extraordinário)

As mulheres do meu Avô

O meu Avô – chamemos-lhe assim que é o nome pelo qual ele responde melhor –
tem quatro filhas. Tem quatro filhas após ter vivido toda a vida com três irmãs, duas tias e a
Mãe viúva. O pai morreu quando o Avô era muito pequeno. Toda a sua vida lhe disseram que
ele tinha de ser o homem entre todas as mulheres. Estudou no Colégio Militar para ser ainda
mais homem. Campeão em esgrima e dos melhores alunos do seu ano. Seguiu para a
universidade para ser engenheiro, que era o que os homens tinham de ser. As irmãs saíram
de casa para casar. Excepto a Tia Cândida que fugiu com um inglês que conheceu nas férias
em Monte Gordo. Só se soube dela muitos anos depois, casada com o malandro e Mãe de
dois rapazes. Todas as outra irmãs, tal como o Avô, só tiveram filhas.
O Avô percebe de futebol, carros e economia. Recusa-se a cozinhar, a passar a ferro
uma camisa ou a engraxar os sapatos. Foi-lhe dito (sempre) que isso era trabalho e
obrigação das mulheres. Não deixa que se beba à mesa, a não ser que os homens também
bebam. É ele que pendura os quadros e faz as estantes, que arruma a garrafeira e que
escolhe a música que passa na aparelhagem relíquia.
O meu Avô tem quatro filhas e teve de mudar de ideias. Passou a perceber que os
homens não mandam. Que ele come o que lhe puserem no prato, que na cozinha se passam
coisas muito mais interessantes do que na sala à hora das notícias. Apercebeu-se de que a
regra, nos dias de hoje, são as mulheres como a Tia Cândida.
O meu Avô tem quatro filhas, dez netas e um único neto. E o Avô quer dizer-lhe que
o Sporting é o melhor, e ensinar-lhe esgrima, e explicar-lhe o funcionamento do melhor carro
do ano. Mas, no fundo, o Avô quer avisá-lo do perigo que são as mulheres. Que não as
subestime, que não tenha nenhuma como garantida, que as trate sempre bem.
O Avô ensinou às filhas o pouco que sabia. Ensinou-lhes respeito, a não temeram, a
serem desenrascadas, a serem fortes, astutas.
A terceira filha do meu Avô – chamemos-lhe Mãe – é a mulher mais bela que existe.
É a mulher que sei que está aqui para ajudar, para beijar, para chamar à atenção. A minha
Mãe tem 4 filhas e ensinou-nos (e ensina) tudo o que sabe: respeito, a aprender, a
amarrarmos o medo bem no fundo de cada uma de nós, a sobrevivermos, a respeitarmos, a
estarmos aqui, sempre, para todos aqueles de quem gostamos.
O meu primo é a única pessoa com a qual o Avô não sabe lidar. É, no entanto, o
único do qual o Avô tem uma fotografia na carteira dos documentos. É o homem da vida de
um grande homem.
Graças ao Avô, que tem quatro filhas, e que aprendeu a lidar com as mulheres da
vida dele, não ligando ao que os outros diziam, tenho uma Mãe fantástica. Uma Mãe que
sabe de tudo ... até de homens. Sabe mais do que o Avô.

Obrigada Vô!

Kiara Minerva