Certo indivíduo, certo dia, ao chegar a casa, ouviu barulho vindo do quintal.
Ao chegar lá reparou que alguém lhe tentava roubar os seus patos.
Aproximou-se vagarosamente do sujeito e, surpreendendo-o quando ele tentava saltar o muro com os patos, disse-lhe:
"Oh bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo, mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada. "
O ladrão, confuso, diz:
"Doutor, afinal, levo ou deixo os patos?!"
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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